Quando falamos em infertilidade, é comum imaginar que o problema é algo distante, algo raro. Mas não é. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade afeta de 50 a 80 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, os números também são relevantes: cerca de 8 milhões de pessoas apresentam quadro infértil.

Por isso a comunidade médica-científica atua para aperfeiçoar e trazer tratamentos para quem deseja ser pai, mãe, mas não consegue. A fertilização in vitro (FIV) é um dos procedimentos mais aplicados para infertilidade, sendo o Brasil líder latino-americano dos países que mais a realizaram juntamente com outros métodos.

De acordo com a Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA), cerca de 83 mil bebês brasileiros nasceram com o auxílio das técnicas de reprodução assistidas. São muitos sonhos realizados. Por isso é muito importante não desistir!

Quais as recomendações para a FIV?

A fertilização in vitro é uma das formas de tratamento para casais que tentam há mais de 12 meses uma gravidez sem sucesso ou quando problemas de saúde comprometem a fertilidade da mulher, do homem ou de ambos. Neste último caso, a FIV pode ser indicada em menor tempo, porém, deve ser acompanhada pelo ginecologista especialista em reprodução assistida.

Também é recomendada para pessoas que desejam produções independentes, bem como casais homoafetivos. Nas duas situações, os gametas (óvulos e/ou espermatozoides) podem ser de doadores (anônimos ou conhecidos).

Reprodução assistida pode ajudar a evitar doenças genéticas

Síndrome de Down, fibrose cística, surdez congênita, anemia falciforme, doença de Huntington e outras condições podem ser identificadas através do diagnóstico genético pré-implantacional (PGT), exame realizado durante o processo de fertilização in vitro.

A técnica diagnóstica é utilizada para beneficiar casais com histórico de doença hereditária, uma vez que o DNA dos embriões é analisado antes de transferi-los para o útero da mulher ou pessoa que vai gestar o bebê.