Já faz algum tempo, mas o relato de Meghan Markle, duquesa de Sussex casada com o príncipe Harry, sobre o aborto espontâneo que sofreu, não só trouxe à tona o assunto em âmbito mundial, mas como o processo de recuperação emocional é complicado, doloroso e exige muito apoio e empatia.
O texto da duquesa, chamado “The Losses We Share” (na tradução para o português: as perdas que compartilhamos), é um relato verdadeiro, emocionante e que aborda a experiência e a dor de perder um bebê, algo que é vivido por tantas pessoas, mas que ainda é pouco falado.
Ainda neste assunto, uma das dúvidas mais comuns – e um grande medo – é o que pode causar um abordo espontâneo, perda que ocorre no início da gestação, mais precisamente com até 20 semanas e quando o feto/embrião tem peso inferior a 500g. As causas são muito individuais, mas vão desde anomalias genéticas até infecções e controle inadequado do diabetes.
É exatamente por isso, ou seja, por ter uma causa muito específica, que é de extrema importância procurar avaliação médica de especialistas após o episódio. É indispensável entender o que aconteceu e, desta forma, evitar que o mesmo ocorra em uma próxima gestação.
Em relação aos fatores de risco, condições que aumentam de interrupção da gravidez, alguns são:
– Gestação em mulheres com idade avançada;
– Histórico de perdas gestacionais (o que mais vez reforça que a avaliação é essencial);
– Histórico de tabagismo;
– Histórico de vício em álcool ou drogas;
– Baixo ou alto peso.
Um recado final muito importante! Mesmo que você tenha passado por um aborto espontâneo, isso não quer dizer que o sonho da gravidez acabou. Procure sempre por médicos especialistas.
Além disso, busque amparo psicológico e acolhimento de pessoas que te amam. Ninguém tem o direito de questionar ou diminuir a sua dor. Neste momento, quem está de fora tem que estender a mão. Tem que oferecer amor e apoio. E no que precisar, nós, da Conceber, estaremos aqui!