O questionamento de hoje é atual e presente na vida de muitas mulheres que passaram pela laqueadura tubária. O primeiro ponto que se faz é que para haver a inseminação é necessário pelo menos que uma trompa esteja em funcionamento, de preferência as duas, mas com uma já é possível sim. Para aquelas, no entanto, que passaram pela laqueadura isso não significa o fim, pelo contrário, é possível reverter o procedimento através de uma técnica conhecida por salpingoplastia, que consiste em uma microcirurgia de recanalização entre o ovário e o útero, formando novamente um “caminho” de encontro para o óvulo feminino e o espermatozóide masculino.

Por incrível que pareça, as estatísticas mostram que, aproximadamente, 1 em cada 4 mulheres que passam por uma laqueadura tubária se arrepende do feito. Isso é justificado por uma série de fatores, como término do relacionamento, construção de novo relacionamento, desejo em ter um novo filho, entre tantos outros. Por isso a importância cada vez maior de se buscar o máximo de informação possível antes do procedimento.

Por mais que a cirurgia de recanalização seja uma grande oportunidade de retorno à fertilidade, existem algumas contraindicações, como, por exemplo, idade maior que 35 anos, tempo prolongado transcorrido da laqueadura e retirada completa da trompa durante a cirurgia. Nesses casos, uma opção seria a Fertilização In Vitro (FIV), técnica muito útil e eficiente nesses contextos, apresentando maiores chances de dar certo.

Dessa forma, fica evidente que, de fato, é necessário haver um trajeto patente entre o útero e pelo menos um ovário para que haja a inseminação artificial. A cirurgia de recanalização é uma opção para aquelas mulheres que desejam, porém apresenta alguns impedimentos que acabam prolongando ainda mais o sonho de ser mãe novamente. A FIV surge nesse contexto como uma grande opção que deve ser muito bem discutida e avaliada pelo profissional médico assistente.