O diagnóstico de câncer costumeiramente chega de surpresa e assusta as pacientes. Neste mês, em que temos o Outubro Rosa, campanha de conscientização acerca do câncer de mama, é importante também alertar para planos futuros.

Naturalmente, ao receber o diagnóstico de câncer, o tratamento para combater essa patologia deve ser prioridade, uma vez que é apenas isso que pode garantir a cura. Contudo, embora seja um momento delicado, é hora de tomar algumas decisões pensando no futuro depois da cura do câncer, como o desejo de ser mãe.

Isso precisa ser considerado, porque o tratamento oncológico, com radioterapia e quimioterapia, pode comprometer a fertilidade da mulher. Geralmente, esses procedimentos causam danos aos óvulos e aos folículos ovarianos, ou ainda podem desencadear a menopausa precoce.

Muitas mulheres diagnosticadas com câncer acreditam que já não podem mais ter filhos e, por vezes, desistem do sonho da maternidade, pois ficam com medo de que o filho tenha prejuízos no desenvolvimento. No entanto, é possível, sim, ter filhos mesmo após o tratamento oncológico.

Para isso, é necessário buscar profissionais da reprodução assistida ainda antes de iniciar esses tratamentos o mais rápido possível. A alternativa mais indicada é o congelamento dos gametas, ou seja, a criopreservação dos óvulos. Isso garantirá que, quando o câncer for exterminado e a paciente estiver pronta para ser mãe, seus óvulos estarão saudáveis e prontos para a concepção.

Assim, as chances de engravidar após o câncer de mama, ou qualquer outro tipo de câncer, serão elevadas, desde que a paciente continue com acompanhamento médico para assegurar sua saúde e a do bebê.