O câncer de mama é uma enfermidade muito frequente no Brasil e muitas mulheres, ao serem diagnosticadas, temem não só pela doença mas também pela fertilidade, que pode ser prejudicada em tratamentos como a radioterapia e a quimioterapia. Dependendo do estágio do câncer e do tratamento empregado, os casos desse tumor podem acarretar infertilidade em cerca de 40 a 50% das pacientes. As mulheres mais jovens, porém, têm maiores chances de retorno da fertilidade.

O fato é que, independente da idade e do estágio do câncer, com os avanços da área da medicina, o desejo da maternidade não precisa mais ser deixado de lado por conta da doença. É possível tentar ser mãe de forma natural ou, então, também pode ser feita a criopreservação dos óvulos antes de iniciar o tratamento oncológico para, assim, preservar a qualidade do material genético. Essa segunda opção costuma ser a mais indicada, uma vez que não é possível garantir se a fertilidade será afetada ou não pelos tratamentos, portanto é melhor garantir.

Nos casos onde a paciente recorreu à hormonioterapia, é necessário esperar de três a seis meses após o término do tratamento para começar a tentar a gravidez natural, sem assistência. Já em casos em que a paciente optou por congelar os óvulos, é preciso conversar com o médico especialista que a acompanha para decidirem o melhor momento de realizar a FIV.

É importante salientar ainda que tudo isso é decidido de forma individualizada, pois depende do risco de reincidência do tumor. Além disso, cada organismo reage à suspensão do tratamento de formas diferentes; por isso, é muito importante obter acompanhamento durante todas as etapas do processo.