A transferência do embrião para o útero da paciente (ou pessoa que vai gestar o bebê) é um momento muito importante e de grande ansiedade. Isso porque é uma das etapas finais da fertilização in vitro (FIV) e, uma vez realizada, o próximo passo é aguardar a ação do natural do organismo, que neste caso é o embrião migrar para o útero e se ficar em sua parede. Após alguns dias/semanas a gravidez é confirmada através de testes.

O embrião é formado a partir da união do óvulo com o espermatozoide, processo que ocorre naturalmente quando o casal não tem nenhum problema para engravidar. Na fertilização in vitro (FIV), tratamento indicado para infertilidade, o embrião é formado em laboratório através da ação conjunta de médicos especialistas em medicina reprodutiva e embriologistas.

Na prática, a quantidade de embriões transferidos para o útero tem relação com as chances de a FIV dar certo. E, por isso, muitos pacientes querem saber: “Quantos embriões posso transferir?”

Como é retirado da mulher o maior número de óvulos possível e o homem produz milhões de espermatozoides, é comum formar mais de um embrião – tanto para usar no tratamento ou para congelamento embrionário.

De modo geral, é possível sim, porém, a equipe médica, mais precisamente o ginecologista especialista em reprodução assistida, que será responsável por fazer a transferência, deve seguir todas as normas estabelecidas pelas entidades médicas.

Na prática, as regras brasileiras indicam e liberam a transferência de mais um de embrião, o que aumenta as chances da fertilização in vitro, mas por outro lado, também aumenta o risco de gestação gemelar (gêmeos) acontecer.

Além disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece regras para a quantidade embriões transferidos para útero de acordo com a idade da paciente:

  • 35 anos de idade: transferência de um ou dois embriões.
  • De 36 a 39 anos: transferência de até três embriões.
  • Acima de 40 anos: transferência de até quatro embriões.

A recomendação é sempre buscar por uma equipe experiente e, diante de qualquer dúvida, conversar com o médico para mais esclarecimentos.