A quantidade de mulheres brasileiras que se tornam mães após os 35 anos de idade vem aumentando a passos largos, segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A explicação para isso pode ser entendida pela transformação social ocorrida na própria sociedade, em que os casais buscam a gravidez em fases mais avançadas da vida no intuito de garantir previamente uma maior estabilidade econômica e sucesso profissional. No entanto, nem sempre será possível o sucesso reprodutivo de forma natural nessas fases mais avançadas e, além disso, outros problemas surgem com essa gravidez mais tardia.

As mulheres são as mais acometidas quando o assunto é complicação da gravidez tardia. Diversas condições clínicas podem surgir e comprometer a qualidade de vida e até mesmo a vitalidade da mulher futuramente, por isso é importante ficar atenta a esses pontos a mulher que deseja engravidar tardiamente.

Os riscos de aborto espontâneo, por exemplo, tendem a crescer com o decorrer da idade da mulher, alcançando a marca de 25% de chance entre 35 e 39 anos. Além disso, condições patológicas tanto para a mãe quanto para o bebê como hipertensão arterial, diabetes mellitus, gestações ectópicas ou fora do útero, pré-eclâmpsia, prematuridade e baixo peso ao nascer, óbito fetal sem causa aparente e malformações podem estar presentes e colocar em risco a vida materno-fetal.

Mulheres acima dos 35 anos, portanto, devem ter uma preocupação a mais e precisam, realmente, ser acompanhadas de perto por um profissional especialista em reprodução. Isso porque, até mesmo as técnicas de reprodução assistida também apresentam um limite de realização (50 anos segundo o Conselho Federal de Medicina – CFM) e só conseguem chegar aos resultados esperados com a doação de óvulos de mulheres mais jovens.