Mais da metade da população brasileira está acima do peso, de acordo com o Ministério da Saúde, sendo que a maioria são homens, com 54%, enquanto o índice chega a 48% nas mulheres. Dados alarmantes, já que sobrepeso e obesidade pode interferir no ciclo hormonal da mulher, prejudicando sua fertilidade.

As mulheres que possuem gordura corporal em excesso produzem mais estrógeno, um hormônio sexual feminino que é produzido pelos ovários e liberados na primeira fase do ciclo menstrual. Seu excesso pode dificultar a concepção devido a alteração do endométrio, camada interna do útero. Outros problemas podem ser desencadeados pela obesidade, como a diabetes e Síndrome dos Ovários Policísticos, que também dificultam as mulheres de engravidar.

Já no caso dos homens, o nível de testosterona é reduzido e aumenta o de estradiol, o que coloca em risco a produção de esperma, pois o sobrepeso tem mais índice de fragmentação do DNA no espermatozoide, gerando uma falha na fertilização.

Diante de outros inúmeros problemas causados pelo sobrepeso para a saúde além da infertilidade, é recomendado que antes de qualquer coisa, o paciente tente emagrecer por meio de exercícios físicos e uma alimentação saudável.

No entanto, segundo o ginecologista Dr. Joji Ueno, o peso muito baixo, também estão associados a outros problemas que afetam a fertilidade, como por exemplo o hipertireoidismo e o endométrio. “À medida em que se emagrece, diminui a quantidade de gordura no organismo. Um índice de gordura corporal menor do que 17 inibe a produção de estrógeno e de outros hormônios, o que impede a formação e a liberação de óvulos. Este problema pode manifestar-se em mulheres que fazem exercícios físicos intensos ou com anorexia extrema”, explicou.

Fonte: Grupo Segs