Engana-se quem acha que, para casais que têm dificuldades para engravidar, a solução são técnicas e exames modernos. A primeira etapa de qualquer tratamento que se preze é conversa. “O médico, primeiramente, deve escutar as queixas do paciente e conhecer suas dificuldades; nada deve ser feito antes disso”, explica Dr. Alessandro Schuffner, que complementa: “somente depois disso o médico começa a realizar os exames físicos iniciais, além de analisar os resultados obtidos em exames de rotina ginecológicos e urológicos.

Completada essa fase, é comum que o médico solicite tipagem sangüínea, exames para detectar possíveis doenças como HIV, sífilis, hepatite e, no caso das mulheres, para detectar rubéola, toxoplasmose e o Papanicolau.

No caso de mulheres, são pedidos, posteriormente, exames com o objetivo principal identificar possíveis alterações na ovulação, na fase lútea e na nidação (implantação do óvulo), o grau de hostilidade do colo uterino e possíveis alterações na anatomia e na funcionalidade das tubas uterinas.

Também é comum ser solicitado análise do muco cervical (teste pós-coito) ultra-sonografia transvaginal, essencial para detectar as causas, acompanhar o tratamento ou definir o período fértil da mulher, além da histerossalpingografia, videohisterocopia e videolaparoscopia.

Para homens, o exame mais comum é o espermograma, a principal fonte de informações sobre a possível infertilidade masculina; esse exame traz dados sobre a produção e características dos espermatozóides. Além desse, também pode ser solicitada uma avaliação hormonal e outros testes (testes genéticos e pesquisa de fragmentação do DNA de espermatozóides, por exemplo).