A endometriose é uma condição inflamatória que acomete o endométrio, tecido que reveste o interior do útero. Isso acontece porque ocorrem alterações nas células que o formam, tendo como consequência o aparecimento desse tecido em outros locais fora da cavidade uterina. Essa ocorrência, por sua vez, pode afetar as trompas uterinas, caminho que o óvulo percorre até chegar ao útero, além de poder se associar a alterações hormonais e imunológicas que dificultariam a gestação. Sendo assim, quando não tratada, a endometriose pode levar a mulher à infertilidade.

Já que estamos no Março Amarelo, mês de conscientização sobre a endometriose, essa é uma oportunidade para lembrar a todas de realizar os exames ginecológicos a fim de assegurar a saúde feminina e obter um diagnóstico precoce, se for o caso, pois assim as chances de sucesso dos tratamentos são maiores.

Apesar das chances de infertilidade serem altas, nem todas as mulheres a terão. Portanto, não necessariamente se você tem endometriose terá que abandonar o sonho de engravidar. Com um diagnóstico precoce e com os avanços das técnicas de reprodução assistida, hoje em dia existem alguns métodos que podem ser utilizados para ajudar a mulher com endometriose a engravidar e realizar o seu sonho.

As mais usadas são o coito programado, a inseminação artificial e a fertilização in vitro.

  • O primeiro consiste na estimulação ovariana combinada com um planejamento para que o casal tenha relações no momento em que os folículos estiverem no tamanho ideal.
  • A segunda alternativa, a inseminação artificial, é a técnica em que os espermatozoides são depositados no útero durante o período fértil da mulher e é mais indicada quando a mulher tem endometriose superficial.
  • Por fim, a terceira opção, a FIV, se configura pela fecundação do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, sendo depois transportado para o útero da mulher. Esta última técnica é mais indicada para casos de endometriose profunda, quando já está mais avançada, uma vez que tem maiores chances de sucesso.