Criopreservação de frações de espermatozóides humanos com alta motilidade: efeitos na externalização da fosfatidilserina.
Schuffner Alessandro., Morshedi M., Oehninger S. Human Reproduction, 2001, 16 (10): 2148-2153
Este estudo investigou a peroxidação de lipídios (LPO) e integridade da membrana após a criopreservação e descongelamento.
Homens inférteis (grupo estudo) e doadores (grupo controle) foram examinados. Populações purificadas com alta motilidade de espermatozóides foram criopreservadas usando TEST-yolk buffer e glicerol (TYB-G) e depois descongelado por técnica de descongelamento rápido. A LPO foi medida por espectrofotometria, com e sem um íon ferroso promotor. A aderência à anexina V foi usada para avaliar a translocação de fosfatidilserina na membrana (FS).
A LPO no pré-congelamento foi significativamente maior no grupo estudo em relação ao grupo controle (P = 0,03). Nos dois grupos, as medidas de LPO após o descongelamento foram significantemente maior que a amostra de pré-congelamento não exposto ao TYB-G (P = 0,002 e P = 0,001, respectivamente). No entanto, quando a amostra de pré-congelamento com TYB-G foi comparada a amostra de pós-descongelamento (todas expostas ao TYB-G), essas diferenças não foram significantes. Houve sim, um significante aumento na liberação de FS após a criopreservação nos dois grupos (P = 0,02 e P = 0,003 respectivamente). Nos doadores, a concentração de LPO no pré-congelamento teve uma positiva correlação com o descongelamento dos espermatozóides retratando a liberação de FS (r = 0,77, P = 0,04).
Embora os pacientes tivessem nível basal de LPO mais alto que os doadores, a LPO não diferenciou entre os espermatozóides a fresco e os criopreservados-descongelados. O congelamento-descongelamento foi associado à translocação de FS para a parede mais externa da membrana.
Palavras-chave: criopreservação, espermatozóide humano, peroxidação de lipídio, externalização de fosfatidilserina.